Me faltam palavras.
Me faltam sim, palavras pra descrever a minha sensação ao acordar hoje de manhã sobrevivente de um dos shows que vai entrar pra história, pra minha é claro, e talvez pra mais uma meia dúzia por aí.
Debate, Medications, Noção de nada e Udora - line up especial e frenético para uma noite de segunda-feira no Centro do Rio de janeiro. Ah, sem contar os oldschool Buzzcocks que estavam tocando na arena ao lado, melhor dizendo no "Circo" ao lado, executando o lado mais punk da parada.
Escolhas a parte, feita a minha, eis que chego atrasada, perdendo assim o show do Debate. Entro no Teatro Ódisséia e Medications já tá no palco ensaiando seu primeiros acordes. Tentei chegar o mais rápido possível perto do palco, mas enfim, estava lá eu de frente para os malucos mais mongolóides - musicalmente falando - que eu tivera visto ao vivo nos últimos tempos. Show excepcional, músicos incríveis e feeling à flor da pele - tanto dos caras quanto a uma boa parte da platéia em si. Reciprocidade "feelinlática", por assim dizer. Não tenho como dizer o set list da parada, porque não anotei nada tampouco tirei fotos. Mas posso dizer que "...Or At Least As Bad", me arrepiou de verdade. Músicas grandes na maioria das vezes, infelizmente resultam em shows curtos: foi o caso, queria mais.
Acabado o show do Medications, começa logo a tocar Samiam na discotecagem aleatória do Pedrinho (Cooper Cobras). Enquanto isso, o Noção de prepara para o seu show, que na verdade pra muitos ali, seria a atração principal da noite, porém com um agravante: gravação do primeiro dvd dos caras. Começaram com "Aspirina" e tocaram todas, ou todas do disco "Sem Gelo" sem contar as clássicas "Diploma" e a particamente gringa "Ímpar".A galera agitou pra cacete e participou em todos os sons, inclusive em "Power Mono" que tem um vocal foda no finzinho: "Papapapá"... A galera pediu muito "Vitrine" mas acabaram não tocando.No fim, o carismático Bil disse que teriam de repetir "Aspirina" por conta da gravação e é claro ninguém se incomodou. Showzaço, como era de se esperar.
Ao som de "The future freaks me out" do Motion City Sondtrack, eu dançava meio que apreensiva e ansiosa pelo show do Udora. As especulações em torno dos sons em português e a nova fase dos caras não era das melhores. Enfim, sorridente e simpático ao extremo, Gustavo, vocalista/guitarrista do Udora apresentou a banda, começando logo com 4 porradas:"Faith And Reason", "Breathing life", "Pieces" e "Fade Away" - minhas favoritas do Udora (por coincidência), muito bem executadas apesar de sem peso. Tocaram umas músicas do disco novo, "Goodbye alô", em português que particularmente não gostei, mas uma boa parte da galera sim; tocaram também clássicos do Diesel, como "Drain" e "Plastic Smile" muito fodas, que apesar da afinação baixa não deixaram nada a desejar.
E lá se foi mais uma noite de shows fodas pra ficar na lembrança.
No winamp: Logh - Saturday Nightmares
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