sábado, março 29, 2008
I'm a plane
Terça feira foi um dia completamente aleatório.Eu simplesmente tinha esquecido do show do Shellac - também né, terça-feira, ninguém merece - sorte que um amigo me mandou email de manhã avisando que meu nome tava na listinha amiga. Porra, ia perder e ia ficar muito bolada.
Saí do meu trabalho voada pra não perder o horário, não contava em ver a banda de abertura, uma tal de Smack, que eu nunca tinha ouvido nem falar. Enfim, Cheguei lá, encontrei a rapaziada, e o show atrasou sério. Começado o show do smack, já sabia que seria uma merda, um dos integrantes é o careca do ira, que não me lembro o nome. Muita brasilidade, sabe? Muito rock brazuca, chato pra caralho. Show grandaço - e pra pioar, ainda mais, chamaram no palco o Dado Villa-Lobos pra “dar uma palhinha”. Cruzes. Claro, ele fez lá uma guitarra aleatória na medida do possível, mas meu saco tava realmente arrastando e não dava pra prestar a atenção.
Uma galera bem aleatória estava presente lá. Claro, os clássicos estavam marcando sua presença, mas um pessoal novo, cara, tipo, não old school, mas com idade entre 25 e 30 anos jamaz visto na face dos shows.
Acabado o show do smack – graças à Jeová – os próprios caras do Shellac começaram a arrumar o palco. Pra quem não conhece, o Shellac é a banda do sr. Steve Albini que produziu bandas como Pixies, Nirvana ("In utero"), Mogwai, Neurosis, PJ Harvey, High On Fire e Fugazi. Mais recentemente, produziu o álbum The Weirdness do The Stooges, lançado em 2007.
Cara, os caras são muito doidera. O baterista, Todd Trainer é deveras concentrado e metódico. A bateria foi montada por ele mesmo e milimetricamente acertada. Ele é o mais exótico fisicamente falando. Usa uma faixa na cabeça que fica esquisito sim, cara. Mas toca pra caralho. O Albini nem sem fala: o cara é pratecamente a esquisitice-nerde-tosca-foda-mór do moondo. Ele tava de nauru (sério), relógio de calculadora, lenço vermelho no bolso pra limpar o suór. A parada mais aleatória do cara, é que ele prende a guitarra na cintura com a correia, dá duas voltas na carcaça e a guitarra fica pendurada igual a uma pochete. O baixista, Bob Weston era o mais normal e mais sacana de todos. Entre uma música e outra ele repetia: "Any questions?"
Começou o show, e Albini de cara já começa tomando choque no microfone. Eu ri. Com todo respeito, óbvio. Completamente.
Não sei os nomes das músicas todas e menos ainda a ordem, mas as execução de "Steady as Goes" e "Wingwalker" foram sensacionais.
Bom show, valeu a pena esperar a brasilidade na cor.
Só quero que tu assiste aos vídos.